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RELAÇÃO DE RETORNO E IMUNOSUPRESSÃO




O processo de retomada das rotinas, considerando as restrições impostas pela pandemia, traz uma dúvida muito comum e que tem sido foco de diversos estudos. A questão profilática de cuidado com o sistema imunológico aparece no momento em que a população aumenta o contato interpessoal e o nível de atividade diária.



Lembrando da individualidade biológica, na qual considera-se a particularidade sistemática de cada pessoa, surgem questionamentos sobre os danos relativos à quarentena. Dados gerais apontam que houve maiores impactos na redução de massa magra, alteração de metabolismo basal, aumento de peso e gordura corporal, além de alterações psicológicas de estresse, ansiedade, síndrome do pânico, compulsão alimentar e imunossupressão em muitos casos (SCHIJINS e LAVELLE, 2020:COLUNGA et al., 2020:PACES et al., 2020).



Com a retomada mais acentuada de atividades, alguns cuidados são importantes como padrões alimentares mais saudáveis e compatíveis com o objetivo de recuperar um melhor respaldo metabólico basal e uma composição corporal sadia. Alguns suplementos são interessantes para conduta ou opção de consumo sob orientação, considerando sua contribuição para o organismo. Determinados aminoácidos, quando incitados em interação com demais nutrientes, são especialmente funcionais a este momento que se descreve.



No âmbito imunológico e com olhar preventivo para a fase de aumento do contato populacional e estabelecimento de uma nova rotina, a glutamina, muitas vezes associada a ácidos graxos, é uma importante fonte de energia para o sistema imune e gastrintestinal, corroborando também para melhora da resposta de alguns nutrientes ingeridos no dia a dia (PEREIRA et al., 2017:TRITTO et al.,2018:ABRAHÃO et al., 2014: KRINSKI et al., 2017). A lisina também apresenta benefícios na imunoestimulação, absorção de cálcio, prevenção de doenças e auxílio no reparo muscular.



Em relação à alteração de massa magra, a leucina mostra-se bastante efetiva na literatura, tanto na relação de combate ao catabolismo como no ajuste do anabolismo muscular (QUEIROGA, 2018: FERNANDES, 2020:SALES, 2016:MARQUES, 2019).



Já o uso do triptofano vem sendo associado ao complexo B, magnésio e ômega 3 no combate a sintomas de ansiedade, estresse e compulsão alimentar. Utilizado em dosagem controlada com o cálculo das necessidades nutricionais, é possível direcionar e contribuir para prevenção e tratamento de tais proposições (ANDRADE e SANTANNA, 2018: VIEIRA, 2013:KLAUS, 2017:DOHERTY et al., 2019).



A nutrição defende, em primeiro plano, a relação de alimentação saudável, mas possibilita o manuseio suplementar quando necessário e prático à rotina do paciente. Funcionalmente, os alimentos possuem maior biodisponibilidade terapêutica, mas, diante de alguns imprevistos, a complementação pode aparecer no gerenciamento dos hábitos dos indivíduos.



Espera-se que novos estudos possam engrandecer também no tratamento de doenças e como modulador em vias de síntese e degradação, promovendo a homeostase celular no anabolismo. Esses achados, quando associados, conotam a importância da interação nutricional e prevenção da saúde (FAVERO, 2017).



Caroline Ayme Fernandes Yoshioka é nutricionista Esportiva-EEFE/USP, mestre em Suplementação-USJT, doutoranda em Esporte-UNICAMP e consultora da Ajinomoto do Brasil no Projeto Vitória.