Os benefícios da suplementação de aminoácidos no treinamento em altitude
Uma tendência que está sendo adotada em diversas modalidades, é a exposição do atleta a treinos em grandes altitudes, com isso é possível analisar os efeitos da pressão atmosférica, sinalizações fisiológicas e tempo/tipo de reação do organismo.
Existem estudos comparativos, que demonstram que esportistas que habitualmente treinam nessa situação, apresentam vantagens competitivas, como menor tempo de adaptação, melhores condições cardiorrespiratórias, VO2, e outros marcadores. (OLIVEIRA, 2010: ARAZI et al., 2021).
Ao longo do tempo foram desenvolvidas pesquisas que encontram diversas estratégias nutricionais que possibilitavam a melhora da adaptação neural, oxidativa, imunológica e capacidade de eliminação de EROS (Espécie reativas de nitrogênio). Com a utilização dessas técnicas foi possível comprovar uma melhor adaptação e performance dos atletas, encontrando um efeito sinérgico com a suplementação de aminoácidos livres e a alimentação balanceada (RISTOW e MERRY, 2016: ARAZI et al., 2021).
Um estudo fez o levantamento de vulnerabilidades dada à exposição à hipóxia, quando os atletas otimizaram o consumo energético, hidratação e introduziram a suplementação de aminoácidos essenciais complementando a necessidade nutricional, além de creatina monoidratada em algumas fases, foi comprovando uma melhora significativa de intensidade e duração de treino, bem como, redução de sintomas de cefaléia, prostração e sonolência dos mesmos (BUSS e OLIVEIRA, 2006:SUZUKI, 2021:ARAZI et a., 2021).
Com isso é possível afirmar que independente da ação diante de mecanismos diretos ou indiretos, existem benefícios reais que contribuam ativamente com as ações antioxidantes, integridade mitocondrial e preservação dos atletas, expostos à altitude.
Caroline Ayme Fernandes Yoshioka é nutricionista Esportiva-EEFE/USP, mestre em Suplementação-USJT, doutoranda em Esporte-UNICAMP e consultora da Ajinomoto do Brasil no Projeto Vitória.