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POR QUE SENTIMOS VONTADE DE EXAGERAR NO CONSUMO DE DOCES E FRITURAS? COMO LIDAR COM ISSO?




As maiores dificuldades enfrentadas tanto na quarentena como quando os indivíduos se deparam com rotinas cansativas e complexas estão no controle da ingesta de alimentos com alta demanda energética, como válvula de escape ou praticidade. No momento em que os indivíduos começam a mapear seu dia a dia ou exercitam o diário alimentar, inicia-se uma longa jornada de entendimento entre os sentimentos e sua relação com os alimentos.

Em geral, o consumo de alimentos gordurosos se dá pela maior sensação de prazer na ingesta suprimindo assim também a necessidade serotoninérgica, ou seja, de fornecimento de serotonina, demandada pelo cérebro em períodos de estresse, fases que antecedem a menstruação, entre outros fatores que favorecem esse hábito. A serotonina, também conhecida como hormônio da felicidade, é um neurotransmissor essencial no controle das mudanças de humor, na regulação do ciclo do sono, na diminuição da ansiedade e no controle do apetite.

A nutrição sugere um maior fracionamento das refeições, aumento do consumo de fibras (solúveis e insolúveis), alimentos antioxidantes e serotoninérgicos, aqueles que favorecem a produção de serotonina, como cacau, vegetais escuros, frutas, chocolate amargo, substitutos práticos(Castanhas, quinoa, chia, chá de alcaçuz, hortelã) , gomas, entre outros. É importante dar atenção também ao consumo de água, chás e alimentos ricos em aminoácidos essenciais e fontes de triptofano, citado no artigo anterior (carnes, peixes, chocolate amargo e Nibs de cacau).

Colocar o equilíbrio em primeiro lugar e estar sempre atento às pequenas atitudes nocivas à saúde são atitudes difíceis, de certo modo, até que se tornem um “hábito” e facilitem o entendimento do corpo e de suas reais necessidades.

A atividade física é considerada um estímulo da serotonina para o sistema nervoso central e por isso, muitas vezes, os pesquisadores a aliam à mudança de estilo de vida e melhora da composição corporal.

Um influente autor correlaciona diversas formas de construção de uma periodização nutricional (JEUKENDRUP, 2017) para aliar alimentação diversificada, tempo de adaptação e resposta sistemática do corpo humano.

Ao final, o melhor conselho está no equilíbrio, pois restrições extremas geram severas fugas quebrando a relação de dieta prazerosa e resultados efetivos, sem o famoso efeito sanfona.

Caroline Ayme Fernandes Yoshioka é nutricionista Esportiva-EEFE/USP, mestre em Suplementação-USJT, doutoranda em Esporte-UNICAMP e consultora da Ajinomoto do Brasil no Projeto Vitória.